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Medalha do Mérito Científico Carlos Chagas: Dois grandes cientistas serão agraciados

SBMT concede pela primeira vez a Medalha do Mérito Científico. As indicações de pesquisadores para receber o prêmio foram realizadas entre 16 e 30 de julho

12/08/2016

Untitled-2A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) tem o prazer de anunciar os dois cientistas seniores que receberão a Medalha Carlos Chagas durante a cerimônia de abertura do 52º Medtrop, que será realizado em Maceió, entre os dias 21 e 24 de agosto. São eles, os professores João Carlos Pinto Dias e Vicente Amato Neto.

A escolha dos vencedores foi realizada por uma comissão julgadora formado pelos doutores Mitermayer Galvão dos Reis, Maria Aparecida Shikanai-Yasuda e Carlos Henrique Nery Costa, ex-presidentes da SBMT, e mais o atual vice-presidente, doutor Sinval Brandão.

Levando em consideração os critérios de seleção definidos, o nome do professor João Carlos Pinto Dias se deu pela sua contribuição científica para o conhecimento da história natural da Doença de Chagas, além de ter apresentado contribuição expressiva no controle da Doença de Chagas na área endêmica de Bambuí/MG e estudo abordando a evolução de formas clínicas após tratamento específico. Contribuiu ainda para a possibilidade de cura espontânea da Doença de Chagas e como gestor deu sua grande contribuição ao controle da Doença de Chagas no Brasil e América Latina.

Atuou de forma expressiva na orientação de alunos de graduação “Latu sensu” e principalmente “stricto sensu” na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Centro de Pesquisas Rene Rachou/FIOCRUZ em Belo Horizonte. Também ofereceu Cursos de Especialização, Treinamentos, Técnicas em controle da epidemiologia da Doença de Chagas para servidores técnicos do Ministério da Saúde e várias entidades da América Latina.

O professor possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1963), mestrado em Medicina (Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974) e doutorado em Medicina (Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982). Atualmente é pesquisador Emérito (2010) da Fundação Oswaldo Cruz, e tem atuado, principalmente, nas áreas de epidemiologia, clinica, diagnóstico, vigilância e controle da doença de Chagas na América Latina; dinâmica populacional de Triatomíneos e ciclos de transmissão de Trypanosoma cruzi.

Também obedecendo aos critérios de seleção, a comissão também escolheu o Professor Vicente Amato Neto, por ter prestado grande contribuições para a Medicina Tropical. Ele conta com 68 anos em pesquisa, ensino e extensão em Medicina Tropical, resultando em profícua contribuição científica, formação de profissionais líderes nacionais na área e na constituição de serviços especializados em diversas instituições paulistas (USP, Hosp. Servidor Estadual e UNICAMP). Foi responsável pela caracterização da forma aguda e transmissão transfusional da Doença de Chagas; Toxoplasmose adquirida; Diagnóstico/tratamento enteroparasitoses; Imunizações. Produziu: 348 artigos e 22 letter.

Atuou na formação em graduação, residência e pós-graduação. Entre 1976-97 chefiou a disciplina de MIP-FMUSP e formou diversos tropicalistas que vieram a liderar centros especializados em todo o País. Responsável por edição de livros. Coordenou implantação de serviços públicos especializados.

O Professor Vicente Amato Neto, possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1951). Atualmente é Professor Emérito de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Parasitologia Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: doença de Chagas, toxoplasmose, enteroparasitoses, transfusão de sangue, Aids e imunizações.

A comissão avaliou as indicações entre os dias 1º e 7 de agosto.…

**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**