Divulgação, Notícias

Dr. Julio Croda é eleito presidente da SBMT

Novo presidente comandará a Sociedade no biênio 2021-2023

09/11/2021
width=350

Novo presidente comandará a Sociedade no biênio 2021-2023

O infectologista Dr. Julio Croda, já era renomado internacionalmente por sua atuação no enfrentamento à tuberculose, tendo sido presidente da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose REDE-TB em 2018. Mas foi em 2020 que ele se tornou referência já nos primeiros meses da pandemia. Médico infectologista e especialista pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dr. Croda fez carreira em São Paulo até chegar a Mato Grosso do Sul, onde mora nos últimos 10 anos. Em sua passagem pelo Ministério da Saúde ele foi Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde  (DEVIT/SVS/MS) na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta. Professor no curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e coordenador adjunto da área de Medicina II do CAPES, aos 43 anos, no auge de seu crescimento profissional e pessoal, Dr. Croda assume agora outro desafio, o de comandar a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).

Confira abaixo entrevista com o novo presidente eleito.

SBMT: O senhor assume a SBMT com experiência de gestor e reconhecimento nacional e internacional. De que forma Isso pode contribuir?

Dr. Julio Croda: Acredito que essa experiência permita, de alguma forma, dar mais visibilidade à nossa Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, seja nos diversos fóruns representativos ou na cooperação com as outras sociedades, tanto nacionais como internacionais, além de buscar oportunidades para que a SBMT possa representar seus associados e também grupos de pesquisadores, o que é de extrema relevância, principalmente, no contexto mundial. Pretendo usar essa experiência e essa rede de contatos para estreitar relações e captar recursos para os nossos congressos de Medicina Tropical, bem como para projetos colaborativos entre os seus membros no futuro.

SBMT: O senhor assume a SBMT com um perfil etário diferenciado. Em sua opinião, isso pode contribuir para trazer uma maior participação de jovens?

Dr. Julio Croda: Sou um jovem tropicalista, mas a SBMT já teve um presidente mais novo do que eu, o Marcos Lacerda. Realmente tenho um perfil de valorizar os jovens tropicalistas, que começou com o Prêmio Jovem Pesquisador, em que fui o primeiro presidente dessa comissão, que avaliava os prêmios, e onde permaneci por muitos anos. Nela tive a oportunidade de observar diferentes trabalhos, de elevada qualidade, que foram produzidos e apresentados durante o MEDTROP. Seguindo essa linha, a ideia é valorizar e atrair cada vez mais os jovens tropicalistas, justamente para garantir a renovação da sociedade no futuro, visto que os nossos fundadores, as pessoas que vêm participando da SBMT, estão se aposentando, e essa renovação do quadro se dá através da valorização dos jovens tropicalistas. E de que forma? Uma delas, talvez, seria aumentar o valor do prêmio Jovem Pesquisador nos próximos congressos, dar maior visibilidade a essa premiação, dar espaço na mídia para esses jovens agraciados com o prêmio, inclusive criar seções específicas que atraiam os jovens com temáticas específicas dessa faixa etária.

Precisamos trazer essas pessoas para dentro da SBMT, que é uma sociedade multidisciplinar e que permite diferentes visões sobre a Medicina Tropical e os problemas dos trópicos.

SBMT: O senhor já tem algum plano para sua gestão na SBMT? Quais projetos pretende implantar?

Dr. Julio Croda: Em primeiro lugar é importante ressaltar que tenho o privilégio de contar com uma diretoria composta por membros que já participam há muito tempo dela, isso ajuda bastante. Em relação à minha gestão frente à SBMT, pretendo seguir o que já vem sendo executado. É um momento de valorizar o que já foi feito, o que já foi conquistado até aqui, entender como podemos otimizar os nossos Congressos de forma a garantir captação de recursos mais adequada que possibilitem maior sustentabilidade à SBMT. Acredito na importância da gestão e em relação muito forte com o governo, perfil este que vem sendo construído ao longo de muitos anos. Somos uma sociedade importante, que trata das doenças negligenciadas, e talvez seja a única sociedade que tem esse enfoque pormenorizado, então, precisamos dar visibilidade a essas doenças e as pessoas acometidas por elas. Quero trabalhar muito com as organizações públicas no sentido de melhorar cada vez mais o diálogo, trazendo os gestores para participar da SBMT, principalmente, no que diz respeito às doenças negligenciadas que é a nossa área, nosso foco. Com esse propósito, podemos estabelecer projetos colaborativos mais duradouros, captação de recursos mais adequada, que mantenha não só o MEDTROP, mas futuras atividades de ensino e pesquisa nessa temática importante. Nossa gestão deve focar nesse escopo específico das doenças negligenciadas, que envolve ambiente urbano, discutir a urbanização dessas doenças. Nossa sociedade tem que abordar e liderar a discussão sobre Chikungunya, Zika, Covid19, tuberculose hanseníase, esquistossomose, doença de Chagas, todas essas doenças que urbanizaram mais recentemente e fazem parte do dia a dia das grandes comunidades vulneráveis. Em termos de plano e de projeto, é entender as nossas especificidades e como podemos evoluir nelas, no sentido de estabelecer colaboração e captação de recursos para execução de projetos conjuntos, principalmente, com o poder público, tanto no que diz respeito ao ensino como pesquisa.

SBMT: Sua gestão vai investir em pesquisas e na realização de eventos?

Dr. Julio Croda: Durante a minha gestão, junto com a diretoria, queremos ouvir muitas sugestões para que possamos avançar nesses dois anos. O nosso grande evento é o MEDTROP, um Congresso muito respeitado, de uma sociedade que nasceu em 1962, que sua revista é publicada desde 1967, e que, portanto, é uma comunidade muito respeitada, que conta com o único congresso que aborda de forma multidisciplinar diversas questões relacionadas a essas doenças específica, as doenças negligenciadas, e também das condições dos trópicos. Ou seja, como temos essa abrangência temática, e somos uma sociedade multiprofissional, isso enriquece muito o Congresso, que se caracteriza pelo seu conteúdo extremamente científico, que traz o que existe de melhor na ciência e na prática médica, na prática da epidemiologia, da saúde pública. Queremos cada vez mais, junto com os gestores, valorizar o Congresso Brasileiro de Medicina Tropical e tentar trabalhar sempre junto para responder às principais perguntas de saúde pública que afligem os brasileiros. Nosso investimento se dará muito no MEDTROP, no estabelecimento de novas parcerias, para que mantenhamos a SBMT voltada para os dilemas da comunidade e nos colocando a disposição para auxiliar os gestores em saúde pública nas diversas demandas.

SBMT: O senhor, como pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, como vê o atual cenário nacional e os desafios a serem superados neste momento adverso da conjuntura política e econômica que o Brasil atravessa?

Dr. Julio Croda: O cenário é muito triste. Existe uma redução importante no investimento em ciência e em saúde. E quando a gente olha as doenças, os agravos, que fazem parte do escopo da SBMT, isso se torna mais urgente porque já existia uma desigualdade no investimento, no desenvolvimento de medicamentos, de vacinas, ao longo de muitos anos, e o Covid19 veio para agravar. Associado a isso, temos uma gestão a nível de governo federal que investe muito pouco em ciência. Tivemos um corte bastante relevante no fundo de Ciência e Tecnologia que vai impactar na produção de conhecimento no Brasil, mas principalmente na produção de conhecimento mundial nas doenças negligenciadas, em que o Brasil é um dos líderes nessa temática. Ou seja, o mundo vai perder com essa diminuição dos recursos, com essa diminuição do investimento financeiro. Além disso, do impacto na melhora da condição de vida dessas pessoas que são afetadas por essas doenças, temos ainda um impacto na formação de jovens pesquisadores. Quer dizer, se você não tem recursos para manter os projetos, as bolsas, podemos observar é que vai existir uma geração que não vai ser renovada, teremos um lapso um lapso muito grande de jovens que não terão a oportunidade de ingressar na carreira acadêmica, que estão produzindo para seus países, e sem recursos serão obrigados a migrar. Ou seja, todo o investimento feito na formação de mão de obra através das universidades públicas serão perdidos. Estamos vivendo um êxodo de jovens pesquisadores, recém graduados, jovens doutores, que estão indo para outros países. É uma triste realidade, ver todo o investimento brasileiro feito ao longo da formação desse profissional sendo transferido para outros países. Observamos que essa crise econômica, esse cenário adverso, vai gerar mais desigualdade porque estamos cerceando o investimento em educação e para as novas gerações, o que vai impactar na renovação dos quadros científicos, na formação de novas novos pesquisadores, e, consequentemente, mais subdesenvolvimento. É lamentável o cenário que vamos viver nos próximos dez anos, tendo a certeza de que a crise econômica vai perdurar por muito tempo, a crise social vai junto, a fome já voltou a fazer parte do cenário brasileiro, e o investimento em pesquisa retrocedeu mais de 20 anos. O impacto na geração de conhecimento mas principalmente na formação de novos pesquisadores será enorme.

SBMT: O que pode ser feito para que a Medicina Tropical tenha prioridade e maior visibilidade junto ao governo?

Dr. Julio Croda: Em relação à visibilidade, é necessário dialogar sempre com a esfera federal, tentando sensibilizar e buscar alternativas nesse momento de crise econômica principalmente junto ao Ministério da Saúde, já que no Ministério da Ciência Tecnologia existe uma escassez enorme de recursos. O Ministério da Saúde tem sido parceiro da SBMT, reconhecendo a importância de discutir a Medicina Tropical, as doenças negligenciadas, debater os temas relevantes. A SBMT é feita pelos seus membros e eles são extremamente respeitados pelo governo e por seus pares. É uma sociedade que tem muita voz e pode sim debater cada vez mais com o governo, trabalhar na captação de recursos, e dar mais visibilidade a essas doenças, principalmente, após o Covid19. Sabemos que a carga dessas doenças, que sempre foram negligenciadas, vai se intensificar. Ou seja, as doenças não são. Lembrando que quando falamos doenças negligenciadas nos referimos às populações negligenciadas, porque essas doenças ocorrem nas populações mais pobres do Brasil, nas grandes favelas, nas zonas rurais mais pobres, e durante a pandemia, com a crise econômica, houve aumento dessa desigualdade, houve  piora da situação econômica em todo País e, portanto, acreditamos sim que haverá um aumento do impacto dessas doenças em todo o Brasil. Nossos indicadores temporariamente diminuíram devido à subnotificação, mas nos próximos cinco anos sabemos que o número de casos e de óbitos relacionados a essas doenças vai aumentar, justamente pela falta de investimento que ocorreu durante esses dois anos de pandemia. Então a SBMT tem de se colocar como protagonista junto ao governo para encarar esse aumento de carga da doença e propor soluções inovadoras de redução da carga dessas diferentes doenças que são de populações negligenciadas.

SBMT: De que forma a experiência brasileira com doenças tropicais contribuiu no enfrentamento ao novo coronavírus?

Dr. Julio Croda: A experiência brasileira com doenças tropicais contribuiu muito para o enfrentamento do novo coronavírus, principalmente o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), que sabe como responder, apesar de toda negação da ciência e da disseminação de fake news, o SUS, seus usuários, seus profissionais, seus pesquisadores, têm expertise adquirida ao longo dos anos. E não é diferente a experiência em relação às doenças tropicais, quando, por exemplo, respondemos ao Zika muito bem, que foi uma experiência extremamente exitosa. E essa resposta poderia ter sido usada de maneira mais adequada no enfrentamento ao Covid19. Temos uma expertise enorme porque enfrentamos emergência de saúde pública há muito tempo, e mais recentemente lidamos com o Zika, com H1N1, e essa a expertise que poderia ter sido melhor utilizada. Ela não foi utilizada pelo governo, mas os diferentes atores da SBMT participaram ativamente da resposta ao Covid19, seja através dos comitês técnicos, representando a Sociedade junto aos ministérios, nas secretarias estaduais de saúde, ou de uma comunicação assertiva em diversos meios de comunicação. Realmente ficamos bastante orgulhosos porque a SBMT tem dentre seus membros pessoas que com muita expertise advinda do enfrentamento de outras doenças tropicais, com outras emergências, ou participou e contribuiu ativamente na resposta a nível nacional, estadual, municipal e local. Acredito que a maioria dos tropicalistas estive envolvido na resposta ao novo coronavírus e tem expertise no manejo dessa resposta, e recentemente participando da produção da vacina. Dessa forma, a Medicina Tropical contribuiu para essa resposta porque seus membros são atuantes e sempre foram reconhecidos nos diferentes esferas e cenários.

SBMT: Doenças erradicadas voltaram a ameaçar o País. Fale um pouco dos desafios que o Brasil enfrenta e o que deve ser feito para controlar as futuras epidemias/pandemias?

Dr. Julio Croda: As doenças erradicadas voltaram e a tendência é que tudo piore, porque você tem o Covid19 que gerou uma desmobilização em relação à resposta a essas doenças, então temos oncocercose, tracoma, hanseníase, tuberculose, que foi extremamente impactada pelo Covid19, porque parte dos profissionais que trabalhavam nela foram deslocadas para a Covid19. Além disso, houve aumento da pobreza, a crise econômica que se iniciou e perdurará por alguns anos vai fazer com que essas populações mais pobres sofram mais dessas doenças que estavam em vias de desaparecer no Brasil. A pobreza leva a aumento da desigualdade, piora a condição sanitária, ou seja, as pessoas vão viver em situações mais vulneráveis do ponto de vista ambiental e geográfico em grandes comunidades, em grandes favelas, vão ter menos acesso a serviços de saúde, por conta da crise econômica o investimento será menor principalmente no combate a essas doenças tropicais, doenças negligenciadas, porque falta visibilidade, falta a sociedade compreender o impacto dessas doenças, não só para a população pobre, mas para todos. Se faz necessário dar visibilidade a essas pessoas que têm pouca inserção, que poucos conhecem, que pouco é debatida nos diferentes fóruns, cujo nosso País é um dos que possui maior carga da doença. Assim, esperamos piora da tuberculose, da hanseníase, da leishmaniose, e de outras doenças imunoprevisíveis como o sarampo, uma vez que as coberturas vacinais estão muito baixas pós pandemia. Também o surgimento ou reaparecimento da poliomielite é um risco. Nossa cobertura vacinal de pólio está muito baixa, cobertura de BCG, que é uma vacina que é aplicada ao nascer, que era extremamente elevada está muito baixa. Ou seja, temos diminuição das coberturas nacionais, diminuição do investimento em saúde, principalmente para as doenças negligenciadas, aumento da pobreza. Isso certamente vai impactar no aumento dessas doenças, no aumento da carga dessas doenças, no aumento de casos, e eventualmente hospitalização e óbito. Aí a importância da SBMT em se posicionar de forma afirmativa e se apresentar como sociedade científica, sociedade técnica, que pode auxiliar os gestores na resposta e no controle dessas doenças, porque nós iremos, sim, observar o aumento. Então é fundamental, como sociedade que nos preparemos para esse aumento e tente propor soluções inovadoras para os gestores para que possamos combater esse aumento de forma a reduzir todo esse impacto dessa crise de saúde e econômica.

SBMT: Quais as lições aprendidas com a pandemia?

Dr. Julio Croda: Entre as lições aprendidas da pandemia é a importância do investimento em ciência e aí podemos pegar o exemplo da vacina. Ela foi desenvolvida em menos de um ano e após um ano do início da vacinação tivemos e estamos tendo uma redução importante de casos de óbito no Brasil e graças à vacina. A ciência permite a retomada da atividade econômica, traz segurança para o serviço de saúde, diminui o impacto no setor de saúde. A vacina é o claro exemplo de como a ciência pode transformar a sociedade, contribuir para a redução do sofrimento, e do número óbitos. Ou seja, a principal lição é que devemos investir na ciência. A ciência é transformadora, ela diminui desigualdades sociais, ela pode transformar nosso País em um país melhor, mais adequado, menos desigual. Um das principais lições é que se não investir em ciência e não resolver nossos problemas com soluções locais, como vamos produzir vacina? E nesse quesito, Fiocruz e Butantan lideraram. O Brasil está melhor justamente por conta dessas duas instituições e laboratórios públicos nacionais. Precisamos valorizar as instituições de pesquisa, as universidades, os institutos de pesquisa, valorizar o que é produzido no Brasil, as respostas que podemos produzir para nossos problemas. Temos no Brasil pesquisadores e pensadores extremamente capazes, qualificados e sabemos que podemos fazer e responder melhor às demandas internas do Brasil. Depois que passamos pelo Zika e agora pelo Covid19, com toda a nossa produção em ciência, acredita, sim, que a sociedade deveria como um todo valorizar mais a ciência e isso traz ao centro da discussão, lógico, a SBMT, que discute Covid19, Zika, Chikungunya, dengue, doença de Chagas, leishmaniose, tuberculose, que são doenças dos Trópicos, e, além delas, devemos trazer para o debate eventualmente acidente de trânsito, violência nas grandes cidades, favelas, entre tantos outros temas. Precisamos trazer perguntas e pesquisas mais direcionadas para os nossos problemas locais e por meio desses estudos diminuir as desigualdades, ofertar mais qualidade de vida para toda a população brasileira, e logicamente a SBMT tem e sempre terá papel relevante na organização dessa resposta e no acompanhamento da ciência pós pandemia e como que podemos trabalhar para valorizar a ciência os pesquisadores e as instituições locais.

SBMT: Para finalizar, gostaria que o senhor fizesse um balanço sobre o MEDTROP Play 2021, o primeiro congresso virtual da SBMT.

Dr. Julio Croda: O MEDTROP Play 2021 foi o maior congresso online do Brasil na temática específica de Medicina Tropical, de doenças infecciosas, e saúde pública. Não foi realizado nenhum evento, até o momento, totalmente online, com mais de 15 salas simultâneas. Foi um congresso muito interessante, que conseguiu reunir importantes eventos satélites, entre eles, o VIII Workshop Virtual da REDE-TB, o Entomol8, o ChagasLeish, o Fórum Covid19, mais a programação da SBMT em um único evento, que conseguiu a participação de diversas sociedades científicas, gestores. presença maciça de alunos de graduação, por ser um congresso extremamente científico. A experiência foi produtiva e mostrou a nossa capacidade de realizar um evento totalmente online. Ele foi um sucesso. Temos a certeza de que os nossos apoiadores e patrocinadores estão satisfeitos. Foi uma experiência muito gratificante e que nos ensinou a importância de eventos virtuais que poderão ser realizados de forma pontual ao longo do próximo ano. Descobrimos que podemos utilizar essa tecnologia para captação de recursos, e que podemos manter uma ou outra sessão virtual no próximo MEDTROP, que será realizado em Belém (PA) de 13 a 16 de novembro. Certamente essa experiência do nosso primeiro Congresso virtual mostrou como o MEDTROP, um Congresso extremamente técnico e científico, é valorizado entre alunos de graduação, pós-graduação e profissionais de saúde. Ele provou que temos a capacidade de realizar evento online. Além disso, ele nos deixou uma grande expertise na realização desse tipo de evento, que será utilizada para a realização de outros eventos e de outras atividades, inclusive dentro do 57º MEDTROP, que será realizado no ano que vem.

**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**