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Dengue: especialistas e parlamentares avaliam ações científicas e governamentais

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11/03/2024
O terceiro painel do CB.Debate Dengue — Uma luta de todos abordou, na quinta-feira (29/2), o tema A responsabilidade para os próximos anos. No evento, pesquisadores e parlamentares falaram sobre tecnologias e outras medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

O professor da Universidade de Brasília (UnB) Rodrigo Gurgel Gonçalves apresentou ações científicas para o combate ao inseto, entre elas, uma que considera ser “um cavalo de Troia”. Segundo o especialista em parasitologia e medicina tropical, trata-se de um estudo de 2016 que usou estações disseminadoras de larvicidas, em São Sebastião (DF). Elas continham vasos plásticos com pano, inseticida e água. O custo do conjunto é de R$ 5, segundo o especialista, e deixa protegidas as pessoas que estivem dentro de um raio de 400 metros, a partir do ponto em que for instalado. Seu funcionamento consiste em atrair o Aedes (tanto macho como fêmea) e contaminá-lo com larvicida. O produto acaba levado pelo mosquito ao ponto onde coloca suas larvas, que terminarão mortas. “É uma estratégia tipo cavalo de Troia”, comentou o pesquisador, acrescentado que a taxa de sucesso média foi de 66% nas áreas trabalhadas.

A mesma experiência foi feita entre 2020 e 2022 na Estrutural (DF). Ela permitiu observar a influência da vulnerabilidade social para a proliferação do inseto. A combinação de coleta de lixo, saneamento básico e das estações resultou na sua diminuição. “Há grande importância da infraestrutura urbana no controle de mosquitos. Havia cinco vezes mais deles na parte sem saneamento básico do que na saneada”, relatou.

Outra opção apresentada por Gonçalves é a chamada borrifação residual intradomiciliar. Consiste, basicamente, na aplicação de inseticida diretamente nas paredes internas dos imóveis.

Saiba mais: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2024/03/6811419-dengue-especialistas-e-parlamentares-avaliam-acoes-cientificas-e-governamentais.html#google_vignette

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**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**