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Doença de Chagas: invisibilidade que persiste e cuidado que transforma

12/04/2025

Neste 14 de abril, Dia Mundial da doença de Chagas, o alerta é urgente: estima-se que mais de 7 milhões de pessoas vivam com a doença no mundo, a maioria sem diagnóstico. No Brasil, embora o controle do vetor tenha reduzido esta forma de transmissão, as formas crônicas da doença persistem, silenciosas, frequentemente subdiagnosticadas. A transmissão por via oral mudou, por sua vez, o perfil epidemiológico da doença, especialmente na região Amazônica, e as outras formas de transmissão precisam ser continuamente monitoradas.

A doença de Chagas é mais do que uma infecção parasitária: é um marcador de desigualdades. Afeta, sobretudo, populações rurais ou suburbanas, periféricas, invisibilizadas. Por isso, enfrentá-la é também um ato de justiça social. O Sistema Único de Saúde (SUS), com sua capilaridade e compromisso com a integralidade, tem papel central nesse enfrentamento — seja com ações de vigilância, testagem, tratamento ou cuidado longitudinal.

Que o Dia Mundial da doença de Chagas nos lembre que saúde se faz também com empatia, escuta e presença. Porque por trás de cada sintoma, pode haver uma história de exclusão — e a oportunidade de transformá-la com ciência, política pública e humanidade.

**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**