O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, não é só uma data no calendário, ele carrega a transformação em campos de atuação que, por muito tempo, foram marcados por desigualdades. Hoje, as mulheres não apenas participam, mas se destacam como protagonistas em pesquisas, políticas públicas e na luta contra doenças que ainda desafiam o Brasil e os trópicos.
A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), liderada pela Dra. Rosália Morais Torres, celebra um momento histórico, é a terceira vez, em seis décadas, que uma mulher assume a presidência. Um sinal claro de que a Medicina Tropical brasileira já não se sustenta sem elas.
Nomes como Vanize de Oliveira Macedo e Maria Aparecida Shikanai Yasuda abriram esse caminho nas décadas de 1990 e 2000, enfrentando barreiras que pareciam intransponíveis. Agora, a Dra. Torres personifica uma mudança que vai além de números ou estatísticas.
A data mostra o que já foi conquistado e, ao mesmo tempo, que ainda há muito o que construir. Doenças tropicais, intensificadas por mudanças climáticas e mazelas sociais, pedem respostas. E as mulheres, muitas vezes na linha de frente, ainda carregam o peso de conciliar a pesquisa, a prática clínica e as responsabilidades familiares.
A SBMT, com sua revista científica e seus congressos anuais, construiu uma história de resistência. Em 2025, sob o comando da Dra. Torres essa narrativa se renova. O Dia Internacional da Mulher não se resume a um marco no tempo, ele expõe um presente já moldado por mãos femininas e um futuro que elas continuam construindo.
**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**
