Doenças urbanas
e mundiais
de 21 a 24 de agosto de 2016
centro de convenções | maceió

Zika Vírus é destaque no terceiro dia do MedTrop2016

Durante a manhã do terceiro dia de congresso foram discutidas, em três palestras, as dificuldades de diagnóstico do Zika, as proposições de novos diagnósticos, apontando que existem grupos que estão trabalhando já na proposição de protótipos de diagnósticos, e também um pouco da vigilância, como se faz, já que ainda não existe uma rotina estabelecida […]

_MG_6116Durante a manhã do terceiro dia de congresso foram discutidas, em três palestras, as dificuldades de diagnóstico do Zika, as proposições de novos diagnósticos, apontando que existem grupos que estão trabalhando já na proposição de protótipos de diagnósticos, e também um pouco da vigilância, como se faz, já que ainda não existe uma rotina estabelecida para este vírus, sendo usado o exemplo do estado do Rio de Janeiro. O estado, até agosto, notificou 62.939 casos prováveis de Zika, correspondendo a uma faixa de incidência bastante elevada de 380,3 casos/100 mil habitantes.

A Drª Ana Maria Bispo, na palestra “Vigilância virológica do Zika no estado do Rio de Janeiro: Avanços e desafio”, lembrou a primeira infecção por Zika no Rio de Janeiro, que ocorreu no final de janeiro de 2015. “A grande maioria dos casos se deu no meio do inverno, o que não é padrão dos flavivirus, como por exemplo, dengue, em que os vírus geralmente param de circular em abril e maio, mas para o Zika, vimos que ele circulou com certa intensidade nos meses mais frios, principalmente porque o inverno de 2015 no Rio de Janeiro foi seco e sem chuvas” apontou, ao complementar que o padrão pouco comum dos flavivirus, a circulação deles em ambientes frios, o que não é característica da dengue, zika ou chikungunya, poderia sugerir outra forma de transmissão que não fosse apenas a vetorial.

Foi apresentada ainda toda a história do Zika, seus avanços e implicações, as más formações que se dão a partir da infecção congênita do vírus pela palestra do Dr. Pedro Vasconcelos “Zika Vírus: estado da arte”, enquanto o professor Ernesto Marques em sua palestra “O que precisamos saber antes de desenvolvermos uma vacina anti- Zika?” mostrou algumas táticas vacinais para o mecanismo de prevenção apontando que ainda estamos muito incipientes do ponto de vista de táticas vacinais, uma vez que os grupos ainda estão trabalhando em protótipos. Ele acredita que uma boa vacina para Zika vai demorar um bom tempo.

O penúltimo dia do MedTrop reuniu vários experts no assunto e possibilitou debater com a comunidade da Medicina Tropical muitos subsídios que podem compor novos passos científicos para a resolução do problema.