Presidente do Comitê Científico do ICTMM, Dr. Cláudio Ribeiro conta a história da vinda do evento sob ponto de vista da IFTM
21/11/2011Assumindo uma posição importante no cenário mundial em estudos sobre medicina tropical, o Brasil sediará, em setembro de 2012, o XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária (ICTMM). O presidente do Comitê Científico do evento e presidente eleito da Federação Internacional de Medicina Tropical (IFTM), Dr. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, narrou a origem da idéia da realização do encontro nas terras tupiniquins. “Só cabe contar a origem remota da idéia, já que a história recente foi publicada aqui no último número”. Ela surgiu em 2004 quando ainda era secretário geral da IFTM. Na ocasião, o Dr. Pierre Ambroise-Thomas, então vice-presidente (e presidente eleito) da IFTM, propôs ao Dr. Cláudio Ribeiro que o Brasil apresentasse a candidatura, em Marseille, durante a realização do XVI ICTMM, que ocorreria em 2005.
“Ambroise-Thomas, antigo e dileto amigo, participara, a nosso convite, da I Reunião Nacional de Pesquisa em Malária que criamos em 1986 no Rio de Janeiro, onde voltou em 1990, quando organizamos (por sugestão dele mesmo) o IV Congresso Internacional de Malária e Babesioses. Penso que se convenceu da capacidade brasileira de organizar eventos com qualidade científica em um cenário de grande beleza natural e com o respaldo de uma comunidade acadêmica de impacto crescente em nível internacional”, lembra Dr. Cláudio. “Como criar e organizar a I RNPM e fazer acontecer no Brasil um Congresso que nunca havia ocorrido no hemisfério sul havia obtido total apoio da comunidade de malariologistas sem demandar o aval de nenhuma sociedade científica, pensei que assim também poderia ser para o ICTMM”, continua.
“Evidentemente não era bem desta forma e meus amigos José Rodrigues Coura, Aluísio Prata e Marcos Boulos se assustaram com a idéia. Mas foi o Dr. Prata que me fez reconhecer que era à SBMT, federada da IFTM, que cabia postular a candidatura e foi comigo à Marseille (ao 16oICTMM). Juntos, apresentamos, com o aval do então presidente da SBMT, Marcelo Simão, a candidatura brasileira para o 18o ICTMM, ao mesmo tempo em que a Coréia formalizava a dela para o 17º, que se havia iniciado no (15o), em Cartagena”. É tradição que as candidaturas sejam formuladas com dois congressos de antecedência.
O presidente do Comitê Científico descreve que Prata foi firme e construtivo, reforçando o respeito e admiração que já lhe dedicava. Em 2005, a plenária de Teresina referendou a candidatura e indicou Coura para presidente e Prata para presidente honorário do ICTMM. A candidatura foi formalizada na Coréia (no 17o Congresso) na reunião da Diretoria da IFTM, na qual Cláudio foi alçado à posição de vice-presidente da Federação e eleito seu presidente. “O resto da história vocês já conhecem”, acrescenta. “A maior homenagem que podemos fazer ao Prata, que estará ausente por motivo de força maior, será realizar um Congresso de alto padrão científico pautando sua organização unicamente na competência e produtividade dos convidados e na relevância e atualidade dos temas”.
No aspecto da organização do ICTMM, Dr. Claudio Ribeiro explica que a construção de um programa que atenda, ao mesmo tempo, uma sociedade brasileira vigorosa como a SBMT e uma federação internacional que inclui dezenas de sociedades nacionais federadas, não é trivial. “Estamos em fase de revisão de uma proposta de pré-programa que foi construída com a ajuda de vários colegas dos Comitês científicos nacionais e internacionais e de várias instituições nacionais e estrangeiras. Ela será submetida a uma última revisão crítica do Comitê Executivo (Carlos Costa, Jorge Kalil, José M. Peralta, Pedro Luis Tauil, além de mim e de José R. Coura) ao fim do mês, quando deflagraremos os convites formais”. Na ocasião, a lista de mesas redondas e conferências será disponibilizada no site, assim como o nome dos palestrantes na medida em que forem confirmando sua participação.
Assumindo uma posição importante no cenário mundial em estudos sobre medicina tropical, o Brasil sediará, em setembro de 2012, o XVIII Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária (ICTMM). O presidente do Comitê Científico do evento e presidente eleito da Federação Internacional de Medicina Tropical (IFTM), Dr. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, narrou a origem da idéia da realização do encontro nas terras tupiniquins. “Só cabe contar a origem remota da idéia, já que a história recente foi publicada aqui no último número”. Ela surgiu em 2004 quando ainda era secretário geral da IFTM. Na ocasião, o Dr. Pierre Ambroise-Thomas, então vice-presidente (e presidente eleito) da IFTM, propôs ao Dr. Cláudio Ribeiro que o Brasil apresentasse a candidatura, em Marseille, durante a realização do XVI ICTMM, que ocorreria em 2005.
“Ambroise-Thomas, antigo e dileto amigo, participara, a nosso convite, da I Reunião Nacional de Pesquisa em Malária que criamos em 1986 no Rio de Janeiro, onde voltou em 1990, quando organizamos (por sugestão dele mesmo) o IV Congresso Internacional de Malária e Babesioses. Penso que se convenceu da capacidade brasileira de organizar eventos com qualidade científica em um cenário de grande beleza natural e com o respaldo de uma comunidade acadêmica de impacto crescente em nível internacional”, lembra Dr. Cláudio. “Como criar e organizar a I RNPM e fazer acontecer no Brasil um Congresso que nunca havia ocorrido no hemisfério sul havia obtido total apoio da comunidade de malariologistas sem demandar o aval de nenhuma sociedade científica, pensei que assim também poderia ser para o ICTMM”, continua.
“Evidentemente não era bem desta forma e meus amigos José Rodrigues Coura, Aluísio Prata e Marcos Boulos se assustaram com a idéia. Mas foi o Dr. Prata que me fez reconhecer que era à SBMT, federada da IFTM, que cabia postular a candidatura e foi comigo à Marseille (ao 16oICTMM). Juntos, apresentamos, com o aval do então presidente da SBMT, Marcelo Simão, a candidatura brasileira para o 18o ICTMM, ao mesmo tempo em que a Coréia formalizava a dela para o 17º, que se havia iniciado no (15o), em Cartagena”. É tradição que as candidaturas sejam formuladas com dois congressos de antecedência.
O presidente do Comitê Científico descreve que Prata foi firme e construtivo, reforçando o respeito e admiração que já lhe dedicava. Em 2005, a plenária de Teresina referendou a candidatura e indicou Coura para presidente e Prata para presidente honorário do ICTMM. A candidatura foi formalizada na Coréia (no 17o Congresso) na reunião da Diretoria da IFTM, na qual Cláudio foi alçado à posição de vice-presidente da Federação e eleito seu presidente. “O resto da história vocês já conhecem”, acrescenta. “A maior homenagem que podemos fazer ao Prata, que estará ausente por motivo de força maior, será realizar um Congresso de alto padrão científico pautando sua organização unicamente na competência e produtividade dos convidados e na relevância e atualidade dos temas”.
No aspecto da organização do ICTMM, Dr. Claudio Ribeiro explica que a construção de um programa que atenda, ao mesmo tempo, uma sociedade brasileira vigorosa como a SBMT e uma federação internacional que inclui dezenas de sociedades nacionais federadas, não é trivial. “Estamos em fase de revisão de uma proposta de pré-programa que foi construída com a ajuda de vários colegas dos Comitês científicos nacionais e internacionais e de várias instituições nacionais e estrangeiras. Ela será submetida a uma última revisão crítica do Comitê Executivo (Carlos Costa, Jorge Kalil, José M. Peralta, Pedro Luis Tauil, além de mim e de José R. Coura) ao fim do mês, quando deflagraremos os convites formais”. Na ocasião, a lista de mesas redondas e conferências será disponibilizada no site, assim como o nome dos palestrantes na medida em que forem confirmando sua participação.
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**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**