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Vacina experimental parece neutralizar parasita da maláriaVacina experimental parece neutralizar parasita da maláriaCientistas do Walter Reed Army Institute of Research, Estados Unidos, desenvolveram uma vacina antimalárica, aperfeiçoada pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, que se espera ter o potencial de neutralizar todas as cepas da espécie mais mortal do parasito que produz a doença. Testes iniciais em ratos e coelhos mostraram que o imunizante induz uma resposta dos anticorpos capaz de deter cepas do P. falciparum, causadora de maior morbimortalidade.

Apesar de levar mais algum tempo até que seja completamente desenvolvida, os médicos já iniciaram testes em seres humanos há quase uma década. Os ensaios mais atuais, em larga escala, foram feitos em mais de 15 mil crianças – de 11 localidades de sete países africanos –, porém são esperados resultados definitivos apenas em 2014.

“A malária é considerada a principal destruidora de vidas da história da humanidade e vem acometendo a espécie humana e seus ancestrais há mais de 100 mil anos”, explica Eduardo Tosta, especialista em medicina tropical e pesquisador sênior de imunologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília.

“Atualmente, pouco menos da metade da população humana (três bilhões de pessoas) vive em áreas com risco de transmissão de malária, principalmente na África subsaariana, no subcontinente indiano, no sudeste asiático, em parte da Oceania e nas zonas tropicais das Américas, sendo que cerca de 300 milhões de pessoas são acometidas a cada ano, o que ocasiona mais de 800 mil mortes. As maiores vítimas são as crianças africanas de menos de cinco anos de idade e as grávidas”, continua.

Por meio da picada do mosquito infectado, algumas centenas de esporozoítos são introduzidos na circulação sanguínea, atravessando o endotélio dos sinusóides hepáticos e se instalando nos hepatócitos, onde se multiplicam e dão origem a muitos milhares de parasitos. Estes, ao romperem as células hepáticas, penetram nos eritrócitos e sofrem novos ciclos de multiplicação a cada 24 a 48 horas, e eventualmente se diferenciam nas formas sexuadas (gametócitos). Ao serem ingeridos por mosquitos durante o repasto sanguíneo, os mesmos gametócitos darão origem a um grande número de esporozoítos que se instalarão nas glândulas salivares do inseto vetor e serão transmitidos por ocasião das próximas picadas.

“As manifestações clínicas da malária ocorrem durante o ciclo eritrocitário da infecção e incluem febre alta e calafrios, anemia (que pode ser letal nas crianças de baixa idade) e acometimentos cerebral, pulmonar e renal, além de distúrbios da coagulação”, comenta Tosta.

Embora a vasta maioria dos casos de malária ocorra a partir da picada de mosquitos infectados (que anteriormente picaram indivíduos com gametócitos no sangue), a infecção pelo plasmódio pode ser também transmitida por via placentária e por transfusão de sangue contaminado.

Vale lembrar que a vacina se baseia num trabalho que identificou um receptor de uma proteína chamada RH5, que é fundamental para que o parasita possa entrar nos glóbulos vermelhos do sangue, onde se multiplica e propaga. Os médicos disseram que o bloqueio desse processo pode deter a infecção no começo, e os resultados preliminares parecem confirmar esta a hipótese.

Cientistas do Walter Reed Army Institute of Research, Estados Unidos, desenvolveram uma vacina antimalárica, aperfeiçoada pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, que se espera ter o potencial de neutralizar todas as cepas da espécie mais mortal do parasito que produz a doença. Testes iniciais em ratos e coelhos mostraram que o imunizante induz uma resposta dos anticorpos capaz de deter cepas do P. falciparum, causadora de maior morbimortalidade.

Apesar de levar mais algum tempo até que seja completamente desenvolvida, os médicos já iniciaram testes em seres humanos há quase uma década. Os ensaios mais atuais, em larga escala, foram feitos em mais de 15 mil crianças – de 11 localidades de sete países africanos –, porém são esperados resultados definitivos apenas em 2014.

“A malária é considerada a principal destruidora de vidas da história da humanidade e vem acometendo a espécie humana e seus ancestrais há mais de 100 mil anos”, explica Eduardo Tosta, especialista em medicina tropical e pesquisador sênior de imunologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília.

“Atualmente, pouco menos da metade da população humana (três bilhões de pessoas) vive em áreas com risco de transmissão de malária, principalmente na África subsaariana, no subcontinente indiano, no sudeste asiático, em parte da Oceania e nas zonas tropicais das Américas, sendo que cerca de 300 milhões de pessoas são acometidas a cada ano, o que ocasiona mais de 800 mil mortes. As maiores vítimas são as crianças africanas de menos de cinco anos de idade e as grávidas”, continua.

Por meio da picada do mosquito infectado, algumas centenas de esporozoítos são introduzidos na circulação sanguínea, atravessando o endotélio dos sinusóides hepáticos e se instalando nos hepatócitos, onde se multiplicam e dão origem a muitos milhares de parasitos. Estes, ao romperem as células hepáticas, penetram nos eritrócitos e sofrem novos ciclos de multiplicação a cada 24 a 48 horas, e eventualmente se diferenciam nas formas sexuadas (gametócitos). Ao serem ingeridos por mosquitos durante o repasto sanguíneo, os mesmos gametócitos darão origem a um grande número de esporozoítos que se instalarão nas glândulas salivares do inseto vetor e serão transmitidos por ocasião das próximas picadas.

“As manifestações clínicas da malária ocorrem durante o ciclo eritrocitário da infecção e incluem febre alta e calafrios, anemia (que pode ser letal nas crianças de baixa idade) e acometimentos cerebral, pulmonar e renal, além de distúrbios da coagulação”, comenta Tosta.

Embora a vasta maioria dos casos de malária ocorra a partir da picada de mosquitos infectados (que anteriormente picaram indivíduos com gametócitos no sangue), a infecção pelo plasmódio pode ser também transmitida por via placentária e por transfusão de sangue contaminado.

Vale lembrar que a vacina se baseia num trabalho que identificou um receptor de uma proteína chamada RH5, que é fundamental para que o parasita possa entrar nos glóbulos vermelhos do sangue, onde se multiplica e propaga. Os médicos disseram que o bloqueio desse processo pode deter a infecção no começo, e os resultados preliminares parecem confirmar esta a hipótese.