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Matar ou tratar cães para controle do calazar é tema de debate no segundo dia do Worldleish 5Matar ou tratar cães para con

14/05/2013

Uma sala com opiniões bastante opostas e divididas. De um lado, os defensores dos animais – um grupo mais emotivo, mais ardoroso. De outro, aqueles que defendem a medida política – que procuram oferecer o que seria melhor às pessoas. Foi nesse clima que iniciaram as discussões do primeiro hot-spot da manhã do dia 15 de maio, segundo dia do Worldleish 5.

O fórum de expressão das opiniões científicas e de outros setores da sociedade em relação ao assunto da eliminação de cães para o controle de leishmaniose visceral (LV) – calazar – deixou claro que alguns cientistas estão confusos com a falta de evidências de que a sacrifício canino realmente seria a solução. “O grande drama é que temos de falar em nome da ciência e ela não está dizendo nada sobre isso, ou seja, de como a política brasileira pode ser estabelecida diante de uma falta de evidências científicas”, ressaltou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Carlos Costa.

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Existe um Código Sanitário Internacional dizendo que medidas de saúde pública só devem ser tomadas quando existe evidência científica. Ou seja, nenhuma nação pode legislar ou decidir nada sobre saúde pública sem que haja várias evidências científicas. “Isto tudo nos conduz a um investimento maior em conhecimento para que possamos responder claramente aos legisladores, planejadores e tomadores de decisões em saúde, sobre a realidade deste assunto”, complementou Dr. Costa ao realçar que esta realidade será alcançada por meio do saber, e que o Worldleish 5 teve justamente o intuito de congregar o conhecimento e iluminar as políticas públicas para o controle da LV.

Existem algumas evidências científicas contra ou a favor do efeito da eutanásia como controle da LV, mas também há opiniões sobre o ato de sacrificar cães perante uma incerteza científica. A grande questão que se coloca para os brasileiros diz respeito à ética ao adotar uma medida que viola os direitos dos animais frente a uma incerteza ou talvez uma pequena certeza científica de proteção às pessoas.

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Desse modo, temos a percepção jurídica do direito das pessoas de se protegerem contra a LV e o direito de proteger os animais, sendo ambos intermediados pela ciência – que inclusive tem ações judiciais chegando ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A pergunta agora é: como nós brasileiros vamos lidar com este problema? Costa acredita que há sinais de amadurecimento: o primeiro é ter a ciência como guia e o segundo é respeitar os outros seres vivos, além de nós humanos. “É muito interessante presenciar a evolução da mentalidade brasileira”, apontou.

O que falta para que o tratamento de cães se torne uma realidade? Na opinião do Dr. Costa faltam duas coisas: investimento em conhecimento e globalização científica. Mesmo o Brasil, um País de grande porte, investindo razoavelmente em ciência, ainda deixa muito a fazer, em particular perante temas polêmicos – áreas que pouco se sabe. As autoridades de saúde devem estar sempre prontas a ouvir todos os lados, todas opiniões sobre assuntos polêmicos e não apenas aquelas que estão de acordo com as posições já tomadas por aqueles que elaboram as políticas públicas para a saúde das pessoas.

Clique aqui e leia a crítica à política pública de eliminação de cães elaborada pelo Dr. Carlos Costa e que foi citada no debate desta terça-feira, dia 14 de maio.

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Uma sala com opiniões bastante opostas e divididas. De um lado, os defensores dos animais – um grupo mais emotivo, mais ardoroso. De outro, aqueles que defendem a medida política – que procuram oferecer o que seria melhor às pessoas. Foi nesse clima que iniciaram as discussões do primeiro hot-spot da manhã do dia 15 de maio, segundo dia do Worldleish 5.

O fórum de expressão das opiniões científicas e de outros setores da sociedade em relação ao assunto da eliminação de cães para o controle de leishmaniose visceral (LV) – calazar – deixou claro que alguns cientistas estão confusos com a falta de evidências de que a sacrifício canino realmente seria a solução. “O grande drama é que temos de falar em nome da ciência e ela não está dizendo nada sobre isso, ou seja, de como a política brasileira pode ser estabelecida diante de uma falta de evidências científicas”, ressaltou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Carlos Costa.

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Existe um Código Sanitário Internacional dizendo que medidas de saúde pública só devem ser tomadas quando existe evidência científica. Ou seja, nenhuma nação pode legislar ou decidir nada sobre saúde pública sem que haja várias evidências científicas. “Isto tudo nos conduz a um investimento maior em conhecimento para que possamos responder claramente aos legisladores, planejadores e tomadores de decisões em saúde, sobre a realidade deste assunto”, complementou Dr. Costa ao realçar que esta realidade será alcançada por meio do saber, e que o Worldleish 5 teve justamente o intuito de congregar o conhecimento e iluminar as políticas públicas para o controle da LV.

Existem algumas evidências científicas contra ou a favor do efeito da eutanásia como controle da LV, mas também há opiniões sobre o ato de sacrificar cães perante uma incerteza científica. A grande questão que se coloca para os brasileiros diz respeito à ética ao adotar uma medida que viola os direitos dos animais frente a uma incerteza ou talvez uma pequena certeza científica de proteção às pessoas.

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Desse modo, temos a percepção jurídica do direito das pessoas de se protegerem contra a LV e o direito de proteger os animais, sendo ambos intermediados pela ciência – que inclusive tem ações judiciais chegando ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A pergunta agora é: como nós brasileiros vamos lidar com este problema? Costa acredita que há sinais de amadurecimento: o primeiro é ter a ciência como guia e o segundo é respeitar os outros seres vivos, além de nós humanos. “É muito interessante presenciar a evolução da mentalidade brasileira”, apontou.

O que falta para que o tratamento de cães se torne uma realidade? Na opinião do Dr. Costa faltam duas coisas: investimento em conhecimento e globalização científica. Mesmo o Brasil, um País de grande porte, investindo razoavelmente em ciência, ainda deixa muito a fazer, em particular perante temas polêmicos – áreas que pouco se sabe. As autoridades de saúde devem estar sempre prontas a ouvir todos os lados, todas opiniões sobre assuntos polêmicos e não apenas aquelas que estão de acordo com as posições já tomadas por aqueles que elaboram as políticas públicas para a saúde das pessoas.

Clique aqui e leia a crítica à política pública de eliminação de cães elaborada pelo Dr. Carlos Costa e que foi citada no debate desta terça-feira, dia 14 de maio.

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