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Premiações do Jovem Pesquisador mudam na edição deste ano

Novidades incluem quatro categorias e entrega de 12 prêmios

07/07/2016
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Critérios de avaliação permanecem inalterados. Entre eles, está a relevância do tema, a consistência teórica e a metodologia utilizada

O Prêmio Jovem Pesquisador terá novidades em 2016. Os jovens, que antes concorriam todos juntos, agora serão divididos em quatro categorias: graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Além disso, serão três premiações em cada categoria: os vencedores receberão R$ 1 mil, enquanto os segundos e terceiros colocados serão agraciados com menções honrosas.

Ao todo, serão 12 premiações. Nas edições anteriores, eram apenas cinco, onde os três primeiros colocados recebiam prêmios em dinheiro (R$ 1 mil, R$ 500 e R$ 250, respectivamente) e o quarto e o quinto lugares eram agraciados com menções honrosas.

Já as apresentações mudam apenas em relação aos primeiros colocados de cada categoria. Os três primeiros colocados de cada categoria nas apresentações dos pôsteres, pela manhã, vão para a apresentação oral à tarde, explica o doutor Júlio Croda, coordenador da comissão avaliadora do Prêmio.

Os critérios de avaliação também permanecem inalterados. Entre eles, está a relevância do tema, a consistência teórica e a metodologia utilizada.

Os trabalhos serão apresentados e premiados durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP 2016), que ocorre entre os dias 21 e 24 de agosto, em Maceió (AL).

O objetivo da iniciativa é reconhecer a importância do trabalho dos jovens pesquisadores para a ciência, bem como estimular a continuação de seus trabalhos na área da Medicina Tropical. No primeiro ano (2014), foram 18 inscritos, dos quais cinco foram premiados. No ano seguinte, os inscritos aumentaram para 59, sendo reconhecidos novamente cinco jovens.

Vencedores

Uma pesquisa sobre o impacto da malária em gestantes, em 2014, e outra que busca uma vacina preventiva para leishmaniose em cães, no ano passado, foram as grandes vencedoras das duas últimas edições do Prêmio Jovem Pesquisador.

O primeiro estudo vencedor foi uma tese conduzida pela doutoranda Jamille Dombrowski. A pesquisa, conduzida na Universidade de São Paulo, avalia os efeitos que os tipos de Plasmodium – protozoários que causam a malária – têm sobre as mulheres grávidas que vivem no município de Cruzeiro do Sul (AC).

Já o segundo trabalho, uma dissertação de mestrado desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estuda uma proteína que pode ser a base de uma futura vacina preventiva contra a Leishmaniose Visceral Canina. A pesquisa foi conduzida pela agora doutoranda Vivian Tamietti Martins.

Jovens tropicalistas pelo mundo

Outros alunos que ficaram entre os primeiros colocados também vêm recebendo reconhecimento por seus trabalhos – inclusive no âmbito internacional.

É o caso da doutoranda Mariana Kikuti, terceiro lugar da edição de 2014 do prêmio. O trabalho dela – sobre diferentes áreas de risco para dengue dentro de uma mesma comunidade em situação de vulnerabilidade social – foi publicado, em julho do ano passado, na prestigiada revista PLOS Neglected Tropical Diseases (NTD). Além disso, Kikuti estabeleceu parceria com a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, para dar prosseguimento à pesquisa.

 

 

**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**