Reconhecer o trabalho de quem contribui levando informações relevantes sobre temas relacionados à Medicina Tropical. Com este objetivo, a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) criou, em 2014, o prêmio Jornalista Tropical.
A proposta é valorizar profissionais da área de comunicação que colaboram para disseminar informações e conhecimentos à população sobre doenças tropicais, ajudando na prevenção e no controle de doenças e epidemias que acometem exclusivamente ou mais intensamente os trópicos.
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2014:
A edição do Prêmio Jornalista Tropical 2014 teve 48 reportagens inscritas, sendo 20 de TV e 28 de Impresso. Concorreram ao Prêmio: TV Brasil – Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Jornal Diário do Pará – Edição Eletrônica; O Estadão; Rede TV MG; TV Brasil – Brasília; Folha de São Paulo; TV Globo Minas; TEM – Afiliada da Rede Globo na região de Sorocaba; TV Pajuçara – afiliada Record Maceió; EPTV, afiliada da Globo no Sul de Minas; Folha de Londrina; RBS TV Erechim, afiliada Globo no Rio Grande do Sul; Ric TV Record Blumenau, afiliada da Record em Santa Catarina; Revista Radis / Fiocruz; TV Rondônia, afiliada da Globo; Jornal Extra online, do Rio de Janeiro; Jornal Correio Braziliense; Jornal Diário do Nordeste, Fortaleza/CE; RICTV Record, de Florianópolis e Jornal do Tocantins.
A vencedora na categoria Impresso foi a série de reportagens Doenças Negligenciadas no Pará, do repórter Ismael Machado.
Já na categoria TV, a vencedora, por dois votos, foi a reportagem especial “Hanseníase, a história que o Brasil não conhece”, da repórter Manuela Castro.
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2015
A segunda edição do Prêmio Jornalista Tropical da SBMT recebeu um total de 112 reportagens inscritas, sendo 60 na categoria TV e 52 na categoria Impresso. Concorrem ao Prêmio: Jornal do Tocantins; Revista Odonto Magazine; Revista Guia da Farmácia; Revista História em Foco; Jornal O Tempo; Portal O Tempo; Jornal Correio Braziliense; Jornal Diário do Sudoeste; Revista na Mochila; Jornal O São Paulo; Jornal do Commercio; TV SóSaúde; TV Bandeirantes – Minas Gerais; Portal R7 – São Paulo; TV Cidade Verde – afiliada SBT em Teresina; RBS TV Santa Rosa, afiliada Rede Globo no Rio Grande do Sul; RBS TV Blumenau – afiliada Rede Globo em Santa Catarina; Grupo Batanga Media.
Na categoria Impresso, a vencedora foi o especial sobre doenças tropicas e a biotecnologia, uma série de quatro reportagens complementares a respeito das doenças tropicais, da repórter Vilhena Soares, do jornal Correio Braziliense, veiculada entre os dias 4 e 7 de janeiro de 2015.
Leia as reportagens:
Um desafio além dos trópicos – Com a globalização, enfermidades como o mal de Chagas e a malária são cada vez mais diagnosticadas fora da América Latina, da África e do sul da Ásia, e passam a despertar o interesse de grandes centros de pesquisa
Prevenção à base de biotecnologia – Cientistas apostam no sequenciamento genético e na criação de vacinas para evitar a propagação dos males tropicais. As adaptações sofridas pelos insetos transmissores são um dos obstáculos das pesquisas
Diagnósticos melhorados – Pesquisadores tentam tornar os exames mais baratos e com formatos que permitam a realização deles até nas regiões mais remotas do planeta. Projetos brasileiros têm se destacado nesse sentido
Promessa de novos remédios – Pesquisadores brasileiros buscam substâncias mais eficazes contra as doenças tropicais. Terapias disponíveis são abandonadas por serem muito longas e causarem fortes efeitos colaterais
Já na categoria TV, a vencedora, foi a série 43 reportagens, de Mauricio Rebellato, da RBS TV Santa Rosa, afiliada Rede Globo no Rio Grande do Sul, veiculadas entre 17 de março e 22 de abril.
Assista as reportagens exibidas no Bom Dia Rio Grande, Jornal do Almoço Local de Santa Rosa, Jornal do Almoço estadual e RBS Notícias estadual:
RBS NOTÍCIAS LOCAL DE SANTA ROSA
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2016:
A comissão julgadora da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), após criteriosa análise das 253 reportagens candidatas ao Prêmio Jornalista Tropical 2016, sendo 94 na categoria TV e 159 na categoria Impresso, escolheu como vencedora na categoria Impresso, por unanimidade, a matéria “Herdeiros do Zika – Ameaça Microscópica, das repórteres Mônica Tarantino e Monique Oliveira, publicada na Revista Brasileiros, em março deste ano. Já na categoria TV, também por unanimidade, foi escolhida a Série “Zika, onde tudo começou”, da repórter Susana Santana, veiculada na TV Bahia, entre os dias 25 a 30 de abril de 2016.
A premiação ocorreu durante a cerimônia de abertura do 52º Medtrop, realizado em Maceió, entre os dias 21 e 24 de agosto de 2016.
Na categoria Impresso, a reportagem veiculada na Revista Brasileiros, das repórteres Mônica Tarantino e Monique Oliveira, mostrou a história de Maria Vitória Ataídes, 18 anos, e seu filho Luís, 6 meses, que nasceu com microcefalia e alterações neurológicas associadas ao vírus. Os médicos e pesquisadores Artur Timerman, Celso Granato, Lia Giraldo, Marcelo Firpo Porto, Paolo Zanotto e Thomaz Gollop analisaram o impacto e os desafios da epidemia. Leia a matéria na íntegra: Clique aqui (Parte 1 / Parte 2)
Na categoria TV, as reportagens exibidas na TV Bahia foram pensadas para marcar um ano da identificação do vírus da Zika no Brasil e o que ele mudou no nosso comportamento e na rotina dos pesquisadores e profissionais de saúde.
EXTRA: BOLETIM DIRETO DE PARIS DO EVENTO ZIKA SUMMIT COM O INFECTOLOGISTA ANTÔNIO BANDEIRA
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2017:
Valorizar profissionais da área de comunicação que colaboram para disseminar informações e conhecimentos à população sobre doenças tropicais, ajudando na prevenção e no controle das doenças é o objetivo do Prêmio Jornalista Tropical. Este ano, as jornalistas Marília Marasciulo (“Desigualdade faz mal à saúde”, veiculada na Revista Galileu, na edição de abril de 2017); Karine Wenzel (“Inimigo Invisível”, veiculada, em 11 de março de 2017, no Diário Catarinense); Jéssica Welma (“Quem Mata o Mosquito”, publicada em 28 de abril de 2017, no Portal Tribuna do Ceará); e Celina Paiva (“UnB participa de pesquisa para desenvolver vacina contra a dengue”, transmitida pela UnBTV, em 23 de maio de 2016), receberam o título de Jornalista Tropical 2017.
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2018:
A comissão julgadora após criteriosa análise das 190 reportagens que concorriam ao Prêmio Jornalista Tropical 2018 escolheu como vencedora na categoria Impresso, entre as onze finalistas, a matéria “O alarme dos macacos”, do jornalista Carlos Henrique Fioravanti, da Revista Pesquisa Fapesp.
Na categoria TV, entre as dez finalistas, a vencedora foi a série de reportagens, do repórter Jean Raupp (com edição de Luciana Cantão), exibidas no SP1 – TV Globo
LINKS:
Reportagem 1: Epidemia de Febre Amarela é a pior em 70 anos e sobram vacinas
https://globoplay.globo.com/v/
Reportagem 2: Febre Amarela chegou ao Estado por Amparo e se espalhou rapidamente
https://globoplay.globo.com/v/
Reportagem 3: Ovos são base da produção das vacinas contra Gripe e Febre Amarela
Já na categoria Online, entre as dezessete finalistas, a vencedora foi a matéria “Doenças negligenciadas são desafio gigantesco para a saúde pública no Brasil”, do jornalista José Pedro Soares Martins, da Agência Social de Notícias.…
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2019:
Após criteriosa análise das 89 reportagens, a Comissão escolheu como vencedora na categoria Impresso, entre as três finalistas, a matéria “Pesquisa busca resposta sobre vírus”, do jornalista Luiz Henrique da Silva Gomes, veiculada no jornal Tribuna do Norte, no dia 30 de março de 2019. De acordo com a reportagem, exames realizados em seis pacientes, confirmaram a presença do vírus da Chikungunya, mas infectologistas da rede de saúde estadual e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que estudaram o caso não descartaram outras hipóteses e apontaram quatro possibilidades.
Confira aqui a reportagem “Pesquisa busca resposta sobre vírus”.
Já na categoria Online, entre as três finalistas, a vencedora foi a reportagem especial “No Acre, USP pesquisa malária e saúde de mães e seus bebês“, da jornalista Valéria Dias da Silva, publicada no Jornal da USP, em 13 de setembro de 2018. A reportagem reúne textos, vídeos, artigos e infográficos que descrevem três projetos da Universidade de São Paulo (USP) realizadas em Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, cidades do Acre campeãs de ocorrência de malária no Brasil. Esses estudos são realizados por pesquisadores de duas unidades da USP: Instituto de Ciências Biomédicas e Faculdade de Saúde Pública.
Confira aqui a reportagem especial “No Acre, USP pesquisa malária e a saúde de mães e seus bebês”.
Reportagens individuais
Projeto Malária
USP pesquisa malária onde a doença mais ocorre no Brasil
Biolarvicidas podem ser alternativa no combate à malária
Playlist com os três vídeos sobre o projeto da malária
Projeto saúde de mães e bebês
Mil dias de vida: USP acompanha a saúde de mães e bebês no Acre
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ixBPJS_lBxg
Artigos
A malária volta a assustar o Brasil. O que a Universidade tem com isso?
Alimentação no início da vida: janela para o futuro
As crianças e as febres tropicais: 15 anos de pesquisa da USP no Acre
Na categoria TV, entre as três finalistas, a vencedora foi a reportagem “Doença de Chagas: o adoecer do coração”, da jornalista Ana Graziela Aguiar, veiculada na TV Brasil, em 16 de agosto de 2018. O programa “Caminhos da Reportagem”, ao dar voz a pessoas que vivem com a enfermidade, pretendeu mostrar que a doença de Chagas não ficou no passado. Ela não foi eliminada e ainda existem pessoas sendo infectadas. A doença de Chagas é considerada uma das doenças negligenciadas, um grupo de doenças tropicais endêmicas, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Para o cardiologista e coordenador do ambulatório de doença de Chagas da Universidade de Pernambuco, Wilson de Oliveira Junior, trata-se, pela classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), de uma doença extremamente negligenciada. “Realmente ela não é democrática, ela é extremamente antidemocrática porque atinge só a população pobre. E é uma doença que é gerada pela pobreza e que causa mais pobreza”, afirma o médico, também idealizador da Casa de Chagas, o primeiro ambulatório do mundo totalmente dedicado ao tratamento da enfermidade e ao acolhimento de pacientes. A equipe de reportagem esteve no Recife para conhecer o ambulatório, conversar com médicos e com pessoas que vivem com a doença. Em Abaetetuba, no Pará, o programa conheceu duas famílias que foram infectadas com a doença a partir do consumo de açaí.
A falta de conhecimento implica em dificuldade para diagnóstico e tratamento. Uma pesquisa da organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras Brasil, realizada em cinco cidades brasileiras em 2015, apontou que 32% dos profissionais médicos das unidades de atenção básica em saúde não sabiam oferecer o diagnóstico para doença de Chagas e menos de 14% sabiam oferecer o tratamento adequado. Para a pesquisadora em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Andreia Silvestre, o Brasil precisa conhecer esses indivíduos que têm doença de Chagas, saber quem são e quantos são para, a partir daí, produzir o tratamento adequado. “A gente precisa ter um olhar para esses milhões de pacientes que foram acometidos pela doença de Chagas no passado e que não receberam o tratamento adequado e que hoje têm que conviver com a doença crônica”.
A Doença de Chagas não é erradicável por ser uma zoonose. Pode ser eliminada (incidência zero), porém é preciso manter as medidas de controle, o que não acontece com uma doença erradicada, como a varíola.
Confira aqui a reportagem “Doença de Chagas: o adoecer do coração” .
E na recém criada categoria Rádio, entre as três finalistas, a vencedora foi a matéria “Saúde faz alerta para vacinação contra febre amarela; especialista ressalta a importância da vacinação”, da jornalista Éricka Flavia Marques de Araújo. A reportagem foi veiculada na Rádio Brasil Campinas, no dia 20 de fevereiro de 2019. Na matéria, o médico infectologista Marcelo Nardi Pedro destacou a importância da imunização para evitar um surto da doença no país e também esclareceu que a vacina, embora surte alguns efeitos, não deve deixar de ser tomada.
Confira aqui a reportagem “Saúde faz alerta para vacinação contra febre amarela; especialista ressalta a importância da vacinação” .
Além do valor de R$ 1.500,00 para os jornalistas vencedores, os ganhadores estão convidadas a participar do 55º Congresso da SBMT para receberem o título de Jornalista Tropical 2019 durante a cerimônia de abertura do evento, que será realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre os dias 28 e 31 de julho.
**Esta reportagem reflete exclusivamente a opinião do entrevistado.**