No dia mundial de luta contra as hepatites virais, celebrado em 28 de julho, a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento. As hepatites B e C ainda representam um desafio de saúde pública, mas o País tem avançado, especialmente na redução das mortes causadas por essas infecções.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 304 milhões de pessoas viviam com hepatite B ou C crônicas em 2022. No mesmo ano, essas infecções causaram cerca de 1,3 milhão de mortes no mundo. No Brasil, entre 2000 e 2024, foram registrados mais de 826 mil casos de hepatites virais. Somente em 2024, houve mais de 11 mil notificações de hepatite B e mais de 19 mil de hepatite C. Apesar da persistência da subnotificação, principalmente entre populações vulneráveis, as mortes vêm caindo. Entre 2014 e 2024, os óbitos por hepatite B reduziram cerca de 50%, e por hepatite C, 60%.
A hepatite B pode ser prevenida com vacina, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A hepatite C, embora ainda sem cura, é tratável e os medicamentos atuais alcançam taxas de cura superiores a 95%. Para atingir a meta da OMS de eliminar as hepatites virais como problema de saúde pública até 2030, é necessário ampliar a testagem, garantir o acesso ao tratamento e fortalecer as ações de educação em saúde.
A SBMT segue comprometida com esses esforços, defendendo políticas públicas baseadas em evidências e iniciativas que ampliem o cuidado, especialmente para quem mais precisa.
