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Cerimônia de entrega do Prêmio NHR Brasil de Jornalismo foi realizada durante o 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Parceria inédita entre a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e a Netherlands Hanseniasis Relief – Brasil reconhece produções jornalísticas sobre hanseníase

02/09/2018

Os vencedores do Prêmio NHR Brasil de Jornalismo foram anunciados no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, durante cerimônia de abertura do 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop 2018) em Recife, Pernambuco, no dia 2 de setembro. Trata-se de iniciativa inédita que reconhece a produção de reportagens sobre a hanseníase, estimulando os veículos de comunicação do Brasil a terem um olhar mais atento à doença em seus diversos aspectos.

Entre os doze (12) trabalhos finalistas na primeira edição do prêmio para produções jornalísticas sobre a hanseníase nas categorias impresso (jornais e revistas), rádio, TV e mídia online, estavam incluídos:

Impresso (Jornais e Revistas)

  • Curados, mas sequelados, de Jônatas Ferreira da Silva (Revista Guarulhos / SP)
  • Entre o preconceito e a doença, de Franceli Stefani (Jornal Correio do Povo / RS)
  • Pele insensível, de Fernanda Lima e Wladmir Pinheiro (Jornal Correio* / BA)

Rádio

  • Hanseníase: doença tem cura, preconceito também, de Géssika Aline Lima da Costa e Flávia Pâmela de Lima (Rádio Difusora AM 960 / AL)
  • Hanseníase: o mal que tem cura, de Thalita da Luz Vieira de Assis (Nova FM 94,3 / MS)
  • Manchas insensíveis, vidas sensíveis, de Marcelo Henrique Andrade, Alessandro Leite e Jonathan Dias (Rádio CBN / PB)

TV

  • Médico do ES alerta sobre os cuidados e a prevenção da hanseníase, de Danielle Cariello (TV Gazeta/Globo – ES)
  • Portador de hanseníase tem direito a pensão, de Renata Coelho, Eliane Wirthmann e Camila Buzzi (TV Justiça – DF)
  • Segregados, de Orlando Pedrosa Lima Junior, Luciano Abreu, Paulo Frazão, César Nunes, Paulo Paixão e Thaís Machado (TV Amazonas – AM)

Mídia Online

  • Cidade do medo e da resistência, de Nathan de Oliveira Santos (Portal LeiaJá / PE)
  • Hanseníase: um problema de 1800 ou 2018?, de Olívia Pereira Rêgo Meireles (Portal Metrópoles / DF)
  • Mãos que curam: paraibano que venceu a hanseníase ajuda portadores há mais de 10 anos, de Dennison Lucas Vasconcelos e Núbia Renata Nunes (Portal T5 / PB)

Os prêmios foram entregues por alguns dos protagonistas dessa luta por visibilidade, atuantes em diferentes frentes e movimentos de enfrentamento destas doenças e integrantes de diversos movimentos sociais que atuam no Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento de Doenças Infecciosas e Negligenciadas (http://forumnegligenciadas.org/).

Na categoria Rádio, a reportagem vencedora foi: “Hanseníase tem cura, preconceito também”, produzida por Géssika Aline Lima da Costa e Flávia Pâmela de Lima, da Rádio Difusora AM 960, do estado de Alagoas, que abordou questões relativas aos preconceitos de uma doença crônica com graves impactos à pessoa que convive com esta doença. A ação de comunicação buscou mostrar a história de pessoas que convivem com doenças negligenciadas e silenciadas. Entregaram este prêmio Francilene Mesquita, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e Moacir Zini, da Associação Brasileira dos Portadores de Leishmaniose.

No prêmio a categoria Mídia Online, a reportagem premiada “Cidade do medo e da resistência” foi conduzida pelo jornalista Nathan Santos, com fotos de Chico Peixoto, edição de vídeos de Danilo Campello e artes de Raphael Sagatio, representando o Portal LeiaJá, do estado de Pernambuco. A matéria tratou de aspectos que transcendem a perspectiva biomédica da doença, a partir de fortes depoimentos de pessoas com hanseníase que viveram em um período de isolamento obrigatório, no atual Hospital da Mirueira, em Paulista. Na entrega do prêmio, tivemos a participação de Manuel Matias, do Grupo de Amigos e Portadores de Hanseníase e Neide Barros, do Movimento Brasileiro de Hepatites Virais.

Na categoria TV, a reportagem premiada foi “Segregados”, de Orlando Pedrosa Lima Júnior, Luciano Abreu, Paulo Frazão, César Nunes, Paulo Paixão e Thaís Machado. A equipe faz parte da Rede Amazônica, filial da Globo no estado de Amazonas. Eles receberam o prêmio das mãos de Amélia Bispo, da Associação de Chagásicos de Camaçari – Bahia e Antônio Guedes, representando as pessoas acometidas pela esquistossomose.

Na categoria Jornais e Revistas, o prêmio foi concedido à reportagem “Entre o preconceito e a doença”, de Franceli Stefani, veiculada no Jornal Correio do Povo, do estado do Rio Grande do Sul. A equipe não pôde estar presente nesta solenidade.

A NHR Brasil parabenizou os vencedores e todos os trabalhos concorrentes, salientando a importância do papel dos comunicadores para dar visibilidade ao tema da hanseníase, ouvir as histórias das famílias e comunidades e discutir os desafios para a eliminação da doença no Brasil. A iniciativa buscou estimular a cobertura jornalística sobre a doença em seus diversos aspectos, reconhecendo a competência dos veículos de comunicação que se propõem a levar informações sobre a hanseníase à população com uma abordagem responsável e ética.

A NHR Brasil é uma organização não-governamental criada em 2011 atuando como um escritório de representação da ONG Netherlands Leprosy Relief (NLR) da Holanda, que luta por um mundo livre da hanseníase e das exclusões causadas pelas deficiências. Desde então, o apoio aos projetos é focado em áreas de alta endemicidade para a hanseníase. Com uma história de mais de 50 anos que atua em diversos países (a NLR tem escritórios representantes em Moçambique, na Índia, na Indonésia e no Nepal), tendo começado a apoiar projetos de combate à hanseníase no Brasil em 1994. O trabalho foi desenvolvido em parceria próxima com o setor público, com presença na rotina dos programas de controle da hanseníase, capacitação de profissionais de saúde e produção de materiais educativos em até 13 estados brasileiros.

Atualmente, os projetos em execução e em fase de desenvolvimento estão nos estados do Ceará, Rondônia, Pernambuco, Bahia e Piauí. Com diferentes iniciativas, a NHR Brasil combate a hanseníase com o objetivo de promover e apoiar o diagnóstico precoce, a prevenção de sequelas e incapacidades, a redução do estigma vivenciado por pessoas atingidas pela hanseníase e o desenvolvimento inclusivo para pessoas com deficiência.

Esta parceria entre NHR-Brasil e SBMT marca um novo movimento estratégico com o foco de ampliar as ações de informação e comunicação sobre doenças tropicais negligenciadas no Brasil, valorizando a participação social.…