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Especialista vê imunização de doenças tropicais no Brasil atrasadaEspecialista vê imunização de doenças tropicais no Brasi

21/11/2011

O avanço do Brasil em estudos sobre imunização em doenças tropicais é tímido se comparado com pesquisas desenvolvidas em torno de doenças de distribuição global. No entanto, “as perspectivas em médio prazo são boas”. Este é o panorama traçado por Marta Heloisa Lopes, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Apesar de se observar alguns progressos entre a segunda metade do século 20 e o século 21 – como a erradicação da varíola, a eliminação da circulação do vírus selvagem da pólio e a eliminação da circulação do vírus sarampo, além do caminho promissor para a supressão da circulação do vírus da rubéola –, as melhorias ainda não são satisfatórias, segundo a professora da USP.

“Alguns avanços alcançados em relação às doenças tropicais, como esquistossomose, doença de Chagas e malária, foram devidos a outros mecanismos de prevenção, uma vez que ainda não dispomos de vacinas comercializadas para amplo uso na população contra essas doenças”, afirma. As estratégias de prevenção mais utilizadas nestes casos, explica Marta Lopes, restringem-se a programas de controle de saneamento básico e vetorial (uso de inseticidas, por exemplo), e a medidas educativas (evitar o uso de águas contaminadas, construção de fossas, etc).

Com relação ao combate à malária, há estudos em andamento para o desenvolvimento de uma vacina que proteja da infecção pelo protozoário, nos mesmos moldes adotados para muitas das doenças imunopreveníveis. No entanto, não são esperados resultados conclusivos em curto prazo.

A vacina contra a febre amarela é outro exemplo que serve para relativizar o avanço em imunização em doenças tropicais. A sua eficácia, de acordo com a especialista, é evidenciada na prevenção da morbimortalidade por febre amarela. Porém, ainda que raros, casos graves de eventos adversos relacionados a esta vacina (até fatais) têm sido relatados.

Panorama mais animador pode ser identificado no combate à dengue. Diversos grupos trabalham para o desenvolvimento de vacinas, sendo que um deles já está em fase avançada de pesquisa clínica para os quatro sorotipos da doença. “Há muitos estudos em andamento sobre a imunização em muitas doenças tropicais, o que nos deixa esperançosos”, conclui Marta Lopes.

O avanço do Brasil em estudos sobre imunização em doenças tropicais é tímido se comparado com pesquisas desenvolvidas em torno de doenças de distribuição global. No entanto, “as perspectivas em médio prazo são boas”. Este é o panorama traçado por Marta Heloisa Lopes, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Apesar de se observar alguns progressos entre a segunda metade do século 20 e o século 21 – como a erradicação da varíola, a eliminação da circulação do vírus selvagem da pólio e a eliminação da circulação do vírus sarampo, além do caminho promissor para a supressão da circulação do vírus da rubéola –, as melhorias ainda não são satisfatórias, segundo a professora da USP.

“Alguns avanços alcançados em relação às doenças tropicais, como esquistossomose, doença de Chagas e malária, foram devidos a outros mecanismos de prevenção, uma vez que ainda não dispomos de vacinas comercializadas para amplo uso na população contra essas doenças”, afirma. As estratégias de prevenção mais utilizadas nestes casos, explica Marta Lopes, restringem-se a programas de controle de saneamento básico e vetorial (uso de inseticidas, por exemplo), e a medidas educativas (evitar o uso de águas contaminadas, construção de fossas, etc).

Com relação ao combate à malária, há estudos em andamento para o desenvolvimento de uma vacina que proteja da infecção pelo protozoário, nos mesmos moldes adotados para muitas das doenças imunopreveníveis. No entanto, não são esperados resultados conclusivos em curto prazo.

A vacina contra a febre amarela é outro exemplo que serve para relativizar o avanço em imunização em doenças tropicais. A sua eficácia, de acordo com a especialista, é evidenciada na prevenção da morbimortalidade por febre amarela. Porém, ainda que raros, casos graves de eventos adversos relacionados a esta vacina (até fatais) têm sido relatados.

Panorama mais animador pode ser identificado no combate à dengue. Diversos grupos trabalham para o desenvolvimento de vacinas, sendo que um deles já está em fase avançada de pesquisa clínica para os quatro sorotipos da doença. “Há muitos estudos em andamento sobre a imunização em muitas doenças tropicais, o que nos deixa esperançosos”, conclui Marta Lopes.